A Festa do Rosário de Remanso, BA: Algumas palavras

Aproxima-se a Festa do Rosário, nome carinhoso das comemorações em louvor da padroeira de Remanso. São nove dias de preparação ao evento, as chamadas Novenas, cada dia dedicado a um segmento social. A grande praça em frente à igreja matriz é ocupada por fiéis e romeiros, sobretudo filhos da terra, que têm reencontro marcado a cada Festa do Rosário. O ápice ocorre em 30 de outubro, quando milhares de fiéis ocupam as ruas em procissão com cânticos e louvores. Todos querem tocar o andor que conduz a Padroeira e pedir as graças que se acharem merecedores. Ao final, início da noite, cerca de quinze mil pessoas tomam a praça para rogar saúde, retornar no ano vindouro e reencontrar os clérigos e amigos. Imaginem as saudades se tivéssemos certeza de que ao Remanso e à Festa do Rosário não retornaríamos nunca mais!
Exatamente aconteceu quando Remanso, Casa Nova, Pilão Arcado, Sento Sé e dezenas de comunidades/povoados distribuídos ao longo das margens do Francisco desapareceram sob as águas da Barragem de Sobradinho. O vazio sentimental e cultural permaneceu durante anos, até que as comunidades flageladas suplantaram a dor e reconstituíram a vida. No início, abraçamos com indecisão se a nova cidade seria ou não a nossa, se herdaria ou não nosso amor. Hoje, recriamos laços fraternais que fortalecem Remanso. Com participação decisiva da comunidade, sob a batuta de Padre José Benedito Rosa, recriou-se a Festa do Rosário de Remanso, grande evento no calendário religioso da Bahia.
Adaptando passagens do nosso livro Memórias de um Coroinha, publicado em 2005, recriamos, no formato literário de novela, intitulada A Promessa, o clima que antecedia a última Festa do Rosário, com um condicionante bem dramático: o desaparecimento da própria imagem da Padroeira extraviada ao longínquo Mato Grosso, para cidade com o mesmo nome Remanso.
A Promessa foi divida em quinze capítulos. Serão divulgados, a partir de 29 de setembro, às segundas, quartas e sextas feiras. Exceção à semana da Festa do Rosário, quando os últimos capítulos serão apresentados nos dias 26, 27 e 28 de outubro.
Inicialmente os textos serão divulgados em nossa página do facebook/astrogildomiag, Grupo ParasempreRemanso, em outros blogs/páginas e jornais on line que deliberem compartilhar. A divulgação é livre, sem restrições.
Para facilitar, todos os capítulos estarão disponíveis no site astrogildomiag.com.br, na aba blog.
CAPA

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Viva o povo brasileiro

O tempo se encarrega de levar o passado, que vai ficando cada vez mais passado… Lembro-me de João Ubaldo Ribeiro escrevendo as primeiras linhas nas colunas do Jornal da Bahia, em Salvador, e transformar-se em grande Escritor do mundo. O Brasil acordou “mudo” ao perder tão cedo o vozeirão literário de João Ubaldo. Para homenagear o autor de “Viva o povo brasileiro”, pequena passagem do meu livro “Lampião, governador de Brasília”, publicado em 2009.

A diarreia do Capitão
Por Astrogildo Miag*

Notícia corre mais que as pernas. A festa de Lampião em Ibotirama espalhou pela região de tal forma que, no percurso para Barreiras, ainda na Bahia, quando a grande cavalhada passava, à margem do asfalto para preservar os cascos dos animais, as comunidades já esperavam os cangaceiros com bandeirolas. Não raramente, o prefeito, como ocorreu em Cristopólis, foi até Lampião e o convidou para visitar a urbe. O capitão não poderia aceitar; mas, a insistência foi tanta que se obrigou entrar na cidade e tomar um café com o gostoso beiju de puba. Os cangaceiros, ainda com as panças cheias do churrasco rodízio de Ibotirama, empanturraram-se com beiju, gerando reação agressiva nos intestinos. Foi uma obradeira horrível cerca de duas horas após ganharem a estrada. A comitiva estacionou sob uma mangueira e espalharam-se para evacuar os intestinos. Era uma choradeira só. Lampião, esse, coitado, em estado lastimável, quase bota as tripas para fora com uma cólica intestinal sem tamanho. Prometeu nada ingerir, a não ser líquido, durante dois dias. Nem cavalgar o capitão podia, pois sacolejava a barriga e aí já viu, a cólica atacava as estranhas.
Severino sorria baixinho para si mesmo. Não é valentão, e agora? Vença a caganeira, capitão! E o capitão mal abria os olhos, condoído por dentro e por fora. Também, não abria a boca para se queixar; obrava calado, espremendo-se para expelir a cólica seca. Só uma vez admitira, prostrado, falando alto, que já se salvara de tanta bala de fuzil e via-se na hora de morrer de uma caganeira. Severino, agora bem próximo do homem, tudo ouvia. Sorriu para si mesmo e disse:
— Capitão, o senhor é valente, é macho e é brabo, mas pra doença todo corpo é mole, inclusive o senhor. É a lei da natureza.
Lampião negou que estivesse doente, apenas sentia uma dor de barriga, ora! Dor de barriga essa que obrigou a comitiva a ficar todo o dia sob a sombra da mangueira, bebendo chás de folha e de casca de pau. E nada de melhorar. Era tanta a gastura e o sofrimento que o doido do Feião queria, ainda arreiou o cavalo, voltar à localidade onde achava ter sido a origem da comida que tanto mal fizera ao grupo. Desistiu, não por livre vontade, mas, por conta de não apresentar condições físicas razoáveis para a tal viagem. Aparecesse uma volante policial naquele dia e estariam irremediavelmente mortos e enterrados, pois a reação seria mínima. “Deus do céu, desse jeito vou virar bosta de tanto cagar”, disse o diabo do Feião correndo mais uma vez ao mato.
Lá pelas tantas, de tardezinha, sol já posto, Lampião lembrou que perdera muito tempo em desfavor do objetivo da viagem. Ia perder a moral se não estivesse na capital federal nos trinta dias que mandara informar ao presidente. E convocou a tropa. Antes, pediu ao cangaceiro Rezador que fizesse uma oração forte. Rezador, então, concentrou-se no fundo da alma, tirou uma oração e partiram. O capitão, era o chefe de todos, amarrou o cavalo na sela de Moderno, pediu licença, pró-forma, e viajou descansando na boleia da camioneta de Vadinho, cada vez mais cheia de presentes. Entre os cangaceiros ainda se brincou: Se a moda pega e o capitão gostar de andar na boleia ele pode se amofinar, hem Beija-flor? Beija-flor não concordava com a brincadeira. O homem estava doente, e muito doente, não aguentava nem ficar em pé. Também! Parece que nunca tinha visto comida, lembrou Pinga Fogo, logo se desculpando, estava brincando, com medo de alguém contar ao capitão.
E assim romperam a noite, os cavalos produzindo bem sob a lua e clima ameno. Não acostumado ao ritmo, Severino cochilava, cai não cai do animal, motivo de pilhéria.
Três dias depois desciam a serra que conduzia a Barreiras, berço da cultura da soja na Bahia, cidade robusta, verdadeiro eldorado. Na entrada da urbe a comitiva foi interpelada por alguém vestido como policial. Queria falar com o chefe, para onde foi levado. Pediu a identificação. Lampião meteu a mão nos embornais procurando a certidão de batismo, apresentou-a ao “policial”, que não aceitou: Queria a carteira de identidade. Ninguém tinha. Disse que os animais estavam presos. Ah menino, Lampião pegou este homem pela abertura da camisa, suspendeu e disse: — Pega ele aí, Zé Baiano! Ensina como se respeita homem!
Zé Baiano arrancou o instrumento de ferrar, e mostrou: Você sabe o que é isso? — Ante a resposta negativa…
— É ferro de ferrar homem e mulher safada!
Pinga Fogo correu para acender o fogo onde o ferro viraria brasa. No mesmo instante, Beija-flor retirou das calças o punhal sem tamanho e mostrou ao “policial”… — E isso, sabe pra que serve? — Ante a estupefação do coitado, ele mesmo respondeu: — É pra capar gente igual a você, que quer ombrear com o capitão Virgulino! — Com quem, perguntou o coitado. — Com o capitão Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião!
— Me desculpe capitão Lampião! Nunca pensei que fosse o senhor! Não sou nem policial. O senhor está vendo essa farda, foi meu patrão que me mandou vestir pra cobrar pedágio a quem usar suas terras como passagem, pois a chuva comeu a estrada e ele mandou construir esse desvio. Vi tanta gente, me animei achando que podia cobrar um real de cada pessoa. Mas nunca pensei que fosse o senhor. Me perdoe, capitão!
O homem se jogou ao chão, chorando. Lampião não o deixou na farsa de continuar extorquindo o povo. Foi incisivo: — Levanta e deixe de choro. Tire a roupa! — O coitado não acreditou: — Tirar a roupa, capitão? Pra quê? — Ainda quer retrucar? — Feião encostou já com o punhal na mão. O homem obedeceu imediatamente e mostrou-se nu, só de ceroula. Beija-flor perguntou se era para capar; Zé Baiano inquiriu se ferrava na bunda ou na cara; e homem se acabando de chorar…
Severino apreciava, um pouco afastado. Não conhecia cangaceiro no exercício da profissão; repugnou a violência. Intercedeu pelo homem… — Capitão, me desculpe a intromissão; mas, vai capar e ferrar o coitado?
Os dois cangaceiros envolvidos na operação esperaram a resposta… Por quê? Tem alguma coisa contra? — Perguntou Lampião. Severino contemplou… — Capitão, estamos em região de paz. Por onde o senhor passa é só festa. Se o povo pudesse, carregaria o senhor nos braços. Polícia nenhuma vai se bater contra o senhor. Então, deixe o homem ir.
Beija-flor não aceitou as ponderações:
— Ele despeitou o capitão e tem que ser castigado!
Severino baixou a voz e disse ao cabra:
— Beija-flor, admiro sua coragem e fidelidade; mas, o coitado não conhecia nem pensou que fosse o capitão Virgulino e seus homens. Estava cobrando pedágio pelo uso do terreno particular, pois a chuva quebrou a estrada. O patrão dele fez este desvio para cobrar um real a cada um que passasse, entendeu?
— E a farda?
— Não é uma farda como a de vocês, aliás, como a nossa, pois também estou fardado. — Severino mirou a sua “farda” e a viu bem suja, hora de ser lavada. Insistiu com Lampião…
— Então, capitão, minha ideia é essa; soltar o homem sem castigo nenhum, mas o senhor é quem decide.
Lampião ordenou que recolhessem as ferramentas, pois o homem não era inimigo. Mesmo assim, Beija-flor ainda aplicou um açoite de chicote de cavalo nas costas do coitado, deixando a marca…
— Da próxima vez não tem salvação!

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Niver

Agradeço aos amigos as manifestações pela passagem do meu aniversário. Tentei responder-lhes individualmente, e ainda comecei; não consegui, frente à quantidade. Faço-o agora, oferecendo-lhes pequeno texto referente ao evento. Obrigado a todos!

NIVER
Astrogildo Miag
Dia do aniversário. A eterna ilusão de que o dia lhe pertence desvanece ante as marteladas de operários em obra próxima à casa. Foi-se o tempo em que fazer aniversário era acordar cedo, ir à missa, cortar cabelo, cortar o bolo, parabéns, presentes… Acabou esse direito. Agora, sob o som das marteladas, corre apressado ao banheiro, tomar banho e partir ao trabalho. A mulher desperta com o barulho. Sonolenta…
— Parabéns, me dê um abraço…
Aniversariante não muda a marcha ao banheiro, ao trabalho…
— Depois. Já estou atrasado!…
O barulho de carros impacientes na avenida. Um avião corta o espaço, sempre no mesmo horário. A sirene de viatura policial anuncia a violência, sinal de vida da sociedade atual. O caminhão de bombeiros com seu alarme lacerante corre a apagar incêndio ou socorrer algum indigitado…
— Arre, nem hoje?
A mulher, por trás, beija-o e registra…
— Parabéns, seu aniversário…
Obrigado, já estou atrasado, responde. O telefone anuncia que alguém quer lhe falar…
—É Rai!
— Feliz aniversário meu compadre!
— Obrigado, comadre, já estou atrasado!
Chave do carro, cheio de responsabilidade parte ao dia do aniversário, no trabalho…

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Mensagem

Prezado Astrogildo,

Estou em viagem e infelizmente não poderei comparecer ao evento.
Desejo sucesso no lançamento do livro de contos. O título é deverás intrigante. Por coincidência, a vencedora de prêmio Nobel de literatura deste ano é especialista nessa técnica narrativa.
Grande abraço,
DONG
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Lirismo e humor

:Twitter

 Camila Maxi
camila.maxi@jornaldebrasilia.com.br

Astrogildo Miag, baiano de Remanso – município que desapareceu para dar lugar à Barragem de Sobradinho –, fez de Brasília sua morada, fonte de inspiração e recanto para a realização de seus sonhos. O escritor lança amanhã o livro O Homem Que Morreu Cinco Vezes, a partir das 18h30, na Livraria Cultura do shopping CasaPark (Guará).

Em sua sétima obra, o autor apresenta 30 contos que abordam temas variados sob a verve da comicidade unida à poesia. O conceito de fazê-lo nasceu há dois anos e, ao longo desse tempo, Astrogildo amadureceu a ideia e pôs a empreitada em ação. “Resolvi parar para escrever contos populares. Com linguagem direta e objetiva, eles levam o leitor a diversos devaneios”, conta Astrogildo.

 O curioso título traz questionamentos inevitáveis. A resposta, porém, é simples: em uma mistura de ficção e realidade, cinco dos contos que compõem a publicação têm como conteúdo e tema a fantasia de supostas mortes do escritor, distribuídas ao longo das narrativas.

 Origem 

 Astrogildo escreve desde cedo. Aos 16 anos, se arriscava a preencher páginas de pequenos cadernos com versos e poemas. “Acreditava que seria possível custear meus estudos fazendo poesia”, diz.  Em 2001, o escritor veio morar em Brasília por conta do trabalho e aqui encontrou oportunidade para publicar seus trabalhos. Aos 57 anos, Astrogildo se dedica quase que integralmente a uma de suas grandes paixões. “Não quero parar nunca. Escrever me traz uma grande satisfação. A gente voa, vai longe”, declara.

 Serviço

 O Homem Que Morreu Cinco Vezes

Autor:  Astrogildo Miag

Editora:  Astrogildo Regis Barbosa

Páginas: 246

Preço médio:  R$ 29,90

Lançamento –  Amanhã, a partir das 18h30. Na Livraria Cultura do Shopping CasaPark (Guará). Entrada franca. Informações: 3403-5300. Classificação livre.

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Astrogildo Miag: escritor, romancista e contador de sonhos

15/10/2013
 
Baiano da velha Remanso, o auditor fiscal da Receita do Distrito Federal, Astrogildo Miag, pode ser considerado um autodidata. Formado em Direito e Economia, o titular da Corregedoria Fazendária da Secretaria de Fazenda (SEF) percorre facilmente o universo da Literatura – talento que anda lado a lado com a carreira no serviço público. Romancista nato, Astrogildo apaixonou-se por fotonovelas e aos 16 anos passou a escrever poesias. O contato com escritores como Jorge Amado, Graciliano Ramos, Gabriel Garcia Marquez e o francês Alexandre Dumas, foram primordiais para a construção e aperfeiçoamento do seu trabalho. O escritor totaliza seis obras e um sétimo livro, O Homem que morreu cinco vezes, com lançamentos marcados em dois estados.Para Astrogildo, escrever romances não é coisa simples, mas o caminho até a conclusão de uma obra é “encantador”, revelou. O escritor ressalta a importância da arte literária na vida do homem e completa: “Enquanto houver sonho, estarei produzindo. Para todas as classes e gostos, para quem gostar de ler”, afirma. O homem que morreu cinco vezesO escritor Astrogildo Miag convida todos os servidores da Secretaria de Fazenda para o lançamento do seu sétimo e mais recente livro. Pela primeira vez em sua carreira, ele conduz uma série de contos sobre supostas mortes que viveu. 

LANÇAMENTOSLivraria Cultura, Shopping Casapark (Brasília)

Quando: 17/10

Horário: 18h30

 Livraria Cultura, Salvador Shopping (Salvador)

Quando: 05/11

Horário: 18h30

 

Fonte : Ascom
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Para uma amiga que se foi…

Os resquícios da mente prodigiosa de menino traz-me à lembrança o cotidiano da Rua Aurelino Leal, Remanso antigo, mais conhecida como Rua de Cima, onde moravam muitos amigos, inclusive D. Delza Gonçalves. E lembro-me da sua labuta comandando família extensa e jovem, assumindo atividades e negócios familiares por conta da viuvez inesperada.

A curiosidade de menino possibilitou-me acompanhar a labuta da mulher falante e ativa, vereadora municipal, raridade naquela época. Sobreviveu ao Remanso velho e viu o alvorecer da nova cidade. A labuta do recomeço possibilitou olhar o futuro com esperanças. Os filhos cresceram,  constituíram família. Teve a felicidade de cercar-se do carinho de muita gente. O tempo passando, a vida se esvaindo até o dia da partida. E saiu no Facebook vindo de Nildete Unias:

— Gente, acaba de falecer uma pessoa muito querida em Remanso!

                Era D. Delza, a quem o Remanso todo desejou o descanso eterno. Mas, o que é o descanso eterno?

                Respondo citando passagem do meu livro O Purgatório de Eduardo: É a quietude do tempo, o diáfano, o branco, o incolor, a paz espiritual do dever cumprido. É não se envolver com qualquer coisa. O prazer de se sentir leve, flutuando, feliz, realizada. Prazerosamente envolta na penumbra, na clausura branca de quem não deve e nada teme. É o ambiente dos céus, etéreo, bonito, clima adequado ao estado de espírito.  Nem vivo nem morto, mas, feliz eternamente…

            É essa paz celestial, à direita do Pai, que lhe desejo dona Delza. Aos filhos, genros, netos e demais parentes, a confiança e a resignação.

Abraço afetuoso de Astrogildo Miag e Célia

 

 

 

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Lançamento de Livro

capa-homemO Homem que Morreu Cinco Vezes é um livro de contos surreais. Aliás, surreal é uma das características da obra literária de Astrogildo Miag, capaz de criar e dissecar temas tão estranhos e inimagináveis como ressuscitar o lendário Lampião e elegê-lo governador de Brasília.

Lançamento:
Livraria Cultura Shopping Casa Park
Quinta, dia 17/10 às 19h30

Saiba mais sobre o livro…

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